«Não avançarei com o TGV porque é um investimento que tem uns custos presentes e futuros de tal forma violentos para o país que não são comportáveis com o nosso nível de endividamento. Eu gostaria imenso de viver num palácio, acontece que não posso porque não tenho dinheiro para isso», acrescentou.
Apesar de não poder ter oportunidade de assistir á entrevista que a Dra. Manuela F. Leite, Presidente do PPD-PSD, ontem à noite numa entrevista com a jornalista Judite de Sousa, à qual tenho muito apreço!
Gostaria, no entanto, deixar aqui escrito a minha opinião acerca destes assuntos, que muito tem cativado a atenção dos portugueses em virtude da sua preocupação com a crise que instalou e, que de certa maneira, veio positivamente fazer com que haja uma frutuosa refelexão sobre todos estes assuntos.
Apesar disso, essa atenção, tem vindo a notar-se desde alguns anos para cá, aquando o abandono de Guterres e do seu governo, devido ao qual, veio-nos oferecer uma estadia no "pântano" com "tanga" como muito frisou Durão Barroso nos seus discursos e, que posteriormente, veio suceder com seu governo de coligação com o CDS-PP.
Lembro-me que na altura, vivia-se uma situação preocupante com endividamento externo consolidado nas contas públicas, às quais, a actual líder do PSD que era Ministra das Finanças desse governo de coligação, frisou insistentemente essa situação. Apesar de 2002 ter sido um ano com crescimento negativo, conseguiu-se através das medidas que ela tomou, diminuir o défice de endividamento externo.
Actualmente, a situação, a esse respeito tem vindo agravar-se como tem insistido o Presidente da República, Prof. Dr. Cavaco Silva, o Prof. Dr. Medina Carreira e outros tantos ilustres economistas da nossa praça. Para além disso, surgiu na imprensa a notícia de que a agência de notação financeira Standard & Poors baixou o rating de longo prazo da divida pública portuguesa. O que por si só, é uma péssima notícia e, que vem deteriorar mais o problema.
A ser asssim, a haver grandes investimentos, a minha opção seria, que esse dinheiro fosse canalizado para um plano estruturante para compensar a perda do aeroporto da Ota. Não o plano
negociado com as autarquias e o governo mas, sim um plano nacional. Ao invés de um plano mínimo para cada tribo no seu quintal, é preferível apostar numa opção mais consistente.
Ora com esta situação e, pelos vistos, tenderá a ter uma posição mais negativa! Segundo as previsões, como poderá este Governo insistir na realização de grandes obras públicas como o TGV? Não sendo economista mas, como cidadão comum, penso que é um erro absoluto insistir nesta questão. Acho que qualquer pessoa com um mínimo de tino de juízo, acatará esta posição de repúdio sobre estes investimentos. Mas. como o Sócrates é teimoso, ele insiste!
A ser asssim, a haver grandes investimentos, a minha opção seria, que esse dinheiro fosse canalizado para um plano estruturante para compensar a perda do aeroporto da Ota. Não o plano

Deste modo, acho que deveria concretizar-se um plano de aposta no futuro. Um plano assente na técnica, no conhecimento, na ciência e no progresso. Para isso, apostaria na construção de um Mega Pólo Técnico-Científico. Uma estrutura que abrangesse todo o conhecimento científico virado para as novas tecnologias e inovação. Uma espécie de CERN mas, em menor dimensão. Ou então, uma grande cidade universitária de vários saberes com nivel internacional. E o local bem poderia ser os terrenos previstos para o suposto aeroporto da Ota.
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