quarta-feira, 17 de junho de 2009

Humildade!... Disse, Ele?!... Hum!...

Talvez, com muito desplante de sua parte, a criatura que ainda há pouco mais de uma semana, agoirava-se de uma arrogância tal, nos seus gestos, na sua postura e seu olhar, vem agora, como quem veste pele de cordeiro manso por cima de corpo de lobo mau mostrar-se: «(...) falando aos jornalistas pela primeira vez, e usou-a perante os seus pares, mas aí foi mais autêntico ao afirmar que ia "fazer um esforço para ser mais humilde", mas que não lhe pedissem para ser quem não é. Certo é que ouviu as intervenções com mais paciência e menos interrupções, naquilo que foi considerada uma mudança positiva de atitude. À saída, Sócrates estava "muito satisfeito" com o "excelente debate", que diz ter dado ao PS mais "vontade de vencer e de se afirmar". "O que faz falta ao PS é explicar o que tem feito, numa atitude de humildade", frisou aos jornalistas. Para pedir uma nova maioria absoluta aos portugueses? "Para pedir uma maioria parlamentar que lhe dê condições para governar sozinho - e só conheço uma: a maioria absoluta", afirmou». in jornal "Público".

Pois os portugueses e a nação, também, conhecem o que foi esta maioria e a megalomania arrogante do seu espírito autista, para fazer um perfeito juízo na hora de colocar o seu voto na urna. Por muitas vozes, dentro do PS clamem o seu desejo de voltar à sua génese doutrinária, penso que esse esforço é completamente em vão. Visto quem disse, que Mário Soares colocou o "Socialismo" na gaveta, pois bem, José Sócrates deitou-lhe gasolina e incendiou-a, restando apenas cinzas, que nem alguma fénix renascerá, enquanto a criatura lá permanecer. Não vejo o senhor do conselho fazer tal malabarismo ou pirueta. Pois, estaria certo que se escarrapachava no chão! Já a minha tia Olinda dizia: "Que por muito esbelto possa ser, desde que que ande sob pés de barro, certo irá cair!".


Para além disso, para quem gabou-se de ter terminado o ano de 2008 com uma excelente performance nas contas públicas, fica hoje a saber que a derrapagem foi de tal maneira, que deixaria-o de quatro... infelizmente, deixou-nos a nós! Pois é!... consultando o relatório do Banco de Portugal sobre 2008, ontem divulgado, o défice corrigido do ciclo e das medidas temporárias ter-se-á situado em 4,7 por cento do PIB e não nos 2,6 por cento oficiais. Para além de um aumento das despesas correntes, prestações sociais, subsídios e juros, verificamos também, que a taxa de variação em % ajustadas do efeito dos hospitais-empresa sofre, também, um agravamento. A despesa corrente primária em 2008 apresentou um crescimento de 4.1 por cento.

Ora, se o cenário já era negro então, agora, parece que está a prestes a ser engolido por um buraco bem negro, com o possível risco de abandono do projecto de construção da fabrica da Artenius Sines lançada em Março do ano passado previa um investimento na ordem dos 400 milhões de euros e prometia criar cerca de 150 postos de trabalho directos e 200 indirectos. Lembremos-nos que este governo fez questão que se fizesse imensa publicidade e propaganda a tal facto. Pois, parece que iremos assistir a um desmoronamento de toda a política de fachada que temos vindo a assistir deste governo! Esperem p'ra ver.

Artigo publicado, também, em "A Voz De Al Canaitra".

terça-feira, 16 de junho de 2009

Liberdade: Por Quem As Vozes Se Revoltam!...

Muito se tem dito, acerca de atentados à liberdade dos povos e indivíduos, por esse mundo fora. Todos os dias escutamos notícias na televisão e imprensa em geral, sobre factos de várias nações reprimem a liberdade dos seus concidadãos e restringirem o direito a manifestação. A democracia é uma marca de um activo histórico, conquistado pelo esforço de homens e mulheres e de várias gerações, que deram o seu melhor, na luta por um futuro melhor.

Hoje, esse facto, passa despercebido em muitas mentes que não ousam exprimir a sua opinião. E até mesmo, muitas vezes, recalcar por razões diversas a sua vontade e opinião. Existe um sentimento que se nota com evidencia, quando uma personalidade pública ligada aos círculos políticos, descontraidamente aborda na rua o anónimo cidadão, sente muitas vezes essa inibição de usar a palavra para expor as suas preocupações com a realidade local. Muitas vezes, dá-se a sensação que é um "estranho" ou "forasteiro" que só está preocupado em angariar votos! Não há percepção de que aquele é um ser humano como os outros, com as suas virtudes e defeitos, como todo ser humano normal!

Muitos dos cidadãos ditos "anónimos, talvez por falta de formação adequada, talvez por incapacidade do ensino, talvez por desleixo das forças partidárias e dos seus agentes políticos em não conseguir passar a sua mensagem. Muitos dos indivíduos não compreendem que a democracia tem um significado, muito para além, do simples voto. Vai muito por uma tomada de posição definida acerca dos diversos assuntos que nos afligem o nosso quotidiano. Não compreendendo e confundindo o significado de "liberdade de expressão".

Existe medo em assumir uma cor partidária, não compreendendo que o que está em causa são os valores doutrinários e ideológicos da mesma e, não a questão cromática! É mais fácil criticar numa conversa de café, do que decidir ir a uma urna de voto ou participar numa campanha. Faz-me lembrar aquele sketch dos "Gatos", em que: "falam, falam e não dizem nada". Cabe aos actores políticos dizer que a política faz-se, para além dos momentos de necessidade e de crise. A participação de todos é urgente e o contributo de todos será a nossa luta todos os dias!
Artigo publicado, também, em "A Voz De Al Canaitra".
 

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