quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

"O Pêndulo do Poder"

" (...) "O pêndulo oscilou e o poder deslocou-se de novo para os governos", explicava o fundador do fórum de Davos, Klaus Schwab" (...) "Stephen Roach, da Morgan Stanley, usou quase as mesmas palavras: "O pêndulo do poder oscilou das instituições financeiras para os políticos." " (...) "Não haverá tanto champanhe e caviar como é costume, nem tantos protestos nas localidades em altitudes menores. A excepção será a que se vê na imagem. Apesar de tudo, continuarão a ser consumidos vinhos dispendiosos e as manifestações altermundialistas ou outras não deixarão de se fazer ouvir." DAVOS NA ERA DA INCERTEZA - LUÍS NAVES in DN

Pois, parece que a crise chegou à Cimeira Internacional do Fórum Económico Mundial, já não se vive os tempos de outrora, com toda a pompa e glamour, acompanhada pela presença dos líderes mundiais. Para já, a cimeira vai decorrer com inúmeras ausências, incluindo a representação portuguesa e norte-americana ao mais alto nível. Ausentes, também, as manifestações habituais de militantes de extrema-esquerda e ambientalistas verdes. Enfim, a crise chegou mesmo a todo lado!

Urge um novo tempo e, de facto, o "pêndulo do poder" oscilou e, um novo paradigma político da ordem mundial, tem que marcar um novo compasso da agenda política. A eleição de Barack Obama nos E. U. A. vem demonstrar isso, assim como, as mudanças políticas que estão a decorrer na Islândia, país que mais severamente está a sofrer com esta conjuntura de crise. A Irlanda, igualmente, resta saber qual será o veredicto acerca do referendo sobre o Tratado de Lisboa. Quanto a Portugal, vários vórtices têm surgido, tanto na política, tanto na ecónomia, como na Justiça o que está a originar várias questões problemáticas e, que se não houver controlo por parte das elites, tenderá a originar movimentos de forças que poderão desencadear um desiquilíbrio da situação. Os pilares da Democracia estão seriamente a ficar vulneráveis e, a incerteza está a tomar contornos preocupantes na sociedade. A confiança entre os agentes sociais é cada vez mais frágil e, a situação governativa não parece ter força suficiente para tomar conta do recado. O Presidente da República tem insistentemente alertado para o facto e, ainda ontem, no seu discurso proferido na Abertura do Ano Juducial, salientou o facto, da classe política deverá ter "uma relação de verdade com os cidadãos e prestar contas do exercício de funções públicas". Deste modo, não irá tolerar derivas irrealistas eleitorais nesta conjuntura de crise.



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