terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O Banqueiro


Ia o Primeiro em mais uma cerimónia expectacular, quando se cruza com um velhinho de ar triste e mal vestido com roupas velhinhas e, diz-lhe o seguinte estendendo a mão: " Ó meu caro amigo!... Ó meu caro amigo, perdeu o seu Banco?!... Não fique triste! Venho aqui dar-lhe uma maozinha... Precisa de um aval novinho em folha? Deixe estar que eu trato disso."

E o velhinho com uma voz embargada diz-lhe: "Sou apenas mais um pedinte que precisa de uma esmolinha para comer e para comprar os medicamentos. Agradecia a sua ajuda, meu Primeiro! Gostataria de ter também um aval chorudo como têm os banqueiros de Portugal."

O Primeiro afasta-se dele e diz revoltado: "Afaste-se!... Afaste-se!... Não me suje!... Não toque em mim... não o conheço de lado nenhum! Já não há Banqueiros nesta terra!... Ein?"

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