
São sintomáticas as convulsões que estamos a assistir na vida partidaria portuguesa e, deste modo, vemos que os sinais da crise internacional veio, de certo modo, baralhar todo o jogo político, de tal modo, que nenhum partido político escapa. Há uma metamorfose a evoluir no espectro político e ninguém sabe, no que, tudo isto ainda vai dar?! Mas, uma coisa é certa, as movimentações eleitorais já se começam a sentir mas, inexplicavelmente, ninguém controla a agenda e, desse modo, o único que ainda vai beneficiando desta situação é o governo e Sócrates. O PSD continua paralizado num estado de choque. A dificuldade da líder em encontrar forças anímicas entre os militantes para o combate eleitoral tem sido um fracasso. Encontra mais adversários à sua direcção, do que, aqueles que estão dispostos a lutar contra o Sócrates e os Socialistas. O PS sente que há algo para lá da esquerda mas, não quer ir para lá. A sua opção é gravitar em torno da tropa-fandanga social-democrata e ocupar na sua acção parte do discurso Social-Democrata. O CDS/PP está aprisionado na figura do P. P. O "BloKo", por sua vez, à semelhança do PS, perante o PSD mas, agora ao contrário, tenta capitalizar os descontentes da esquerda do PS, vulgos em redor de um espaço orbital, tal como asteróides à deriva, permanece à espera do momento de cisão por parte de Manuel Alegre, para que conjuntamente numa união de tropas, tais como, da parte de Helena Roseta e independentes Renovadores Comunistas. O PCP, como não quer ficar atrás do BE, tenta aproveitar o máximo dessa deriva somando a si, também, o descontentamento de algumas classes corporativas da sociedade civil e amplificar ao máximo efeito, para que tenha também o máximo proveito.
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